Report OFFF Barcelona 2018

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Report OFFF Barcelona 2018

A edição de 2018 do Festival OFFF decorreu no Museu del Disseny de Barcelona, entre 24 e 26 de maio. Victor Afonso, tutor da EDIT. Lisboa, esteve presente no evento e conta-nos os principais highlights:

Sempre que existe o Festival OFFF, alguma coisa nova e interessante tende em acontecer na área do Design, e em especial no digital. Mesmo que os anos passem, e muitos ilustres se repitam nas palestras, nunca é demais ouvir o que têm para nos dizer, as suas histórias, e o que os relaciona com a nossa realidade. Este ano não foi diferente, e devo dizer que a palavra do ano terá sido: contexto. Tudo faz sentido no seu devido contexto, e por isso é necessário criar de acordo com a necessidade e processo. Foi interessante ver aspetos técnicos serem apresentados com o mesmo interesse de coisas mais criativas e visuais.

No fundo, ouvir o reconhecido Art Director americano James Victore dá-nos um reforço e sentido de dever, mesmo naqueles momentos de trabalho mais stressante, onde não temos mais moral. Victore dedica-se agora a leccionar sobre criatividade e assume um papel muito importante no caminho da individualidade criativa, sempre tentando chegar mais além. O Designer gráfico austríaco Stefan Sagmeister também já nos habitou a um estilo único de apresentações, no seu caso, sobre o filme “The Happy Film”, onde recriou parte da sua vida, do seu desconforto e da sua realidade para com as dificuldades que encontrou ao longo do caminho.

Além destes oradores, já comuns, havia um mural reativo ao som, feito por Joshua Davis, onde eram despoletadas imagens e animações com um grande poder visual. A revelação esteve presente em novas plataformas digitais que ajudam a criar melhores abordagens no que toca a criar apps ou websites, de uma forma mais fácil e interativa. Um destes casos foi a apresentação da Apply que vem trazer uma nova abordagem à criação de apps mobile, sem ser preciso programar. A Adobe também marcou uma forte presença, com especial atenção em aplicações para desenhar, onde até tem vários projetos on going para apurar os melhores ilustradores. Um destes projetos é o 1324 da Adobe, que irá premiar e valorizar criativos com menos de 25 anos. Além desta apresentação, houve vários workshops e existiam várias demonstrações de aplicativos Adobe, onde se podia experimentar e testar funcionalidades.

À parte destas formações didáticas, houve também espaço para apresentações de design systems do universo Facebook, e de como se dá a volta a questões de design numa empresa com 4 mil designers espalhados pelo mundo, de forma a que o trabalho seja coerente entre todos. Para isso, criaram uma plataforma para terem acesso fácil ao design system criado pela marca. Também a Dropbox e a Wix marcaram presença no evento numa perspetiva mais técnica, sendo que além destas conversas houve também o contributo de profissionais como Malika Favre, ilustradora freelancer, ou Tom Muller, designer de design systems, com especial atenção ao motion, e Luke Hayman da Pentagram, que trouxeram métodos e processos explicados de uma forma criativa e muito interessante.

No fundo, são todos parte da nossa realidade, e de alguma forma é bom termos estes exemplos vivos para seguirmos e percebermos que também eles têm dificuldades, e como podemos mudar alguma coisa na nossa vida, tendo em conta estes mesmos exemplos. Foi um excelente festival, com uma enorme afluência, de várias nacionalidades, e muito boa energia.

Para o ano há mais!


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