Marta Fernandez
Tutora

Entrevista

Marta Fernandez é UX Specialist na Primavera BSS e tutora do curso intensivo Design Thinking for Business Innovation. Nesta entrevista fala na necessidade de um bom UX Designer estar cada vez mais perto do utilizador e ser "esponja".

O Design Thinking ajuda de uma forma mais rápida e estruturada à inovação.


User Experience Design e Design Thinking. Como surgiu o gosto por estas áreas?

Trabalho em desenvolvimento de software há alguns anos, e na altura eu ainda não sabia chamar as coisas pelo nome. Sentia que faltava algo ao meu trabalho que lhe desse mais significado. Percebi rapidamente que precisava de estar mais perto do utilizador, sentir o que ele sente, calçar os seus sapatos. Alguém dizia:’De que serve um bom software se ninguém o usa’


Descreve-nos um pouco o teu percurso académico e profissional.

Sou licenciada em Design de comunicação pela ESAD, mas desde sempre trabalhei no suporte digital e para a web, comecei em 98 no boom da internet, onde todos queriam reservar presença na web, estávamos todos a explorar um mundo novo de oportunidades, mas também de novos problemas com novas soluções. Passado uns anos fui para a ALERT Life Sciences Computing, onde comecei a traçar o meu percurso no contato com o utilizador, passei por outras empresas em que desenvolvi outras competências. Neste momento estou na PRIMAVERA BSS, a desenvolver a UX de novos produtos.


Como é um dia normal de trabalho para ti?

‘’Normalmente’’ os meus dias não são iguais, tento no entanto estipular objectivos diários, mas sendo a única UX Specialist na empresa, muitas vezes as prioridades têm de ser alteradas. Há momentos no dia que não dispenso, como passar os olhos pelos artigos da especialidade, que recebo. È importante observar o mundo à nossa volta.


Em algumas palavras, explica-nos o conceito de Design Thinking.

É um facilitador, uma ferramenta que nos permite chegar à solução de uma forma, rápida, estruturada e muito mais assertiva com técnicas que puxam pela nossa criatividade sem filtros…só depois se vai filtrando até chegar à solução…se não resultar volta-se ao inicio, como se trabalha muito com prototipagem e experiências, tem um custo muito baixo.


Qual a tendência de evolução desta área, na tua opinião? E porque devem as empresas adotar este pensamento?

Este pensamento ajuda de uma forma mais rápida e estruturada à inovação, e na minha opinião podem-se aplicar os mesmo princípios em tudo na vida. Uma das coisas que o DT tem é que é muito baseado na nossa vida, valores e experiencia


Quais consideras ser os principais desafios do processo criativo?

Inovar de forma a cobrir as necessidades do utilizador e garantir o negócio e retorno para as empresas. Este balanço entre utilizador e negócio, é e será sempre um desafio, na minha perspetiva, mas um desafio que vale a pena, investirmos muito de nós.


Em que projetos gostaste mais de participar? Destaca alguns trabalhos que realizaste.

Sem dúvida alguma a reformulação do módulo de prescrição da Alert, um projeto bastante complexo, uma vez que tocava em vários pontos do produto e agora o atual na PRIMAVERA, a versão cloud do Software de Gestão, também este com grande complexidade, porque não nos limitamos a fazer uma passagem de tecnologia, mas também em entregar no mercado algo que trouxesse realmente valor, que trouxesse uma boa experiência de utilização e claro está de negócio também.


Que recursos utilizas para te manteres a par da atualidade e tendências do UX Design?

Sou muito curiosa e tento sempre andar a par de tudo, mas tenho por hábito as leituras em sites como: Medium, NNGroup, Strategyzer, Invision, Ideo entre outros


Tens alguma meta profissional a cumprir nos próximos tempos?

Conseguir que à minha volta entendam e interiorizem os benefícios do DT, e que se consiga sempre colocar o utilizador/consumidor em 1º lugar, são eles que consomem os nossos produtos, portanto todos lucram se o foco estiver na UX/CX.


Na tua opinião, um bom UX Designer deve ter que características?

Deve saber observar, ouvir e interpretar, aproveitar a nossa experiência. Saber pôr- nos no lugar do utilizador. Deve ser “esponja” e absorver tudo o que o rodeia, para depois transformar isso em experiências.


Vais ser tutora do novo curso intensivo Design Thinking for Business Innovation. Quais são as expectativas?

Gostava que os alunos saíssem a perceber o quão longe se pode chegar, o quão inovador conseguimos ser. Eu sou uma apaixonada pela área e gostava de conseguir transmitir isso também, acima de tudo que os ajude a perceber esta forma de pensar e alcançar as soluções. Porque todos somos criativos!



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