Fala-nos um pouco do percurso profissional e da tua rotina diária.
Comecei por trabalhar em casa como freelancer de web design para diversas empresas, entre elas a 7Graus, onde desenvolvia páginas internas para o Olhares.com. No entanto, rapidamente percebi que misturar o espaço de trabalho com o espaço de lazer, acaba por condicionar a nossa vida a vários níveis, tornando-se difícil desligar o interruptor do trabalho, já que as preocupações continuam ali.
Em 2008, juntamente com o Luís Carvalho, fundamos a Blak, um estúdio de design multimédia em Viana do Castelo, onde tínhamos como objetivo trazer uma experiência interativa aos websites, quer no frontoffice como no backoffice. Desenvolvemos in-house o Blakoffice, um backoffice que pretendia simplificar o processo de atualização de conteúdos, seguindo a regra de que a nossa avó teria de ser capaz de atualizar um site sem dificuldades, numa altura em que ainda não existia o Medium ou Squarespace, e o WordPress, Joomla ou Magento tinham uma usabilidade reduzida.
Em 2011 fui convidado para ingressar a equipa da Bürocratik que, desde então, ocupa a maior parte da minha rotina diária. Nessa rotina, procuro sempre ver as novidades do Awwwards ou Dribbble e das agências que acompanho. No meu processo de trabalho diário gosto muito de me deixar levar pela ideia e pela “pica” inicial que o projeto me dá e partir imediatamente para a execução. Procuro trabalhar sempre em articulação com a equipa de programadores porque o trabalho de design não acaba quando fazemos o último save do psd. Só um bom acompanhamento de development lhe imprime a alma necessária para causar uma experiência memorável no utilizador.