André Dargains
Tutor

Entrevista

André Dargains é Front-end Developer na Fullsix Portugal e tutor do novo curso intensivo React Development na EDIT. Lisboa.

Sê um bom profissional, faz e divulga projetos interessantes, tem um site incrível em que mostras o teu trabalho, que o mercado vai, sem sombra de dúvida, notar.


Porque escolheste a área da informática e, posteriormente, do Front-end Development, para o teu percurso profissional? Fala-nos um pouco sobre a tua formação e experiência.

Sempre fui curioso para saber como as coisas funcionam. Quando eu era miúdo, parti mais de um brinquedo para ver o que havia por dentro. Eventualmente, passei a desmontá-los em vez de parti-los, e, quando a diversão era montá-los de volta e pô-los a funcionar, percebi que seria engenheiro, quando crescesse.

Mais tarde, o interesse tornou-se mais virtual, com programas de computador, e fui estudar informática na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Tirei lá a graduação e o mestrado, e fui trabalhar com bases de dados. Até era interessante, mas eu sentia a necessidade de lidar com algo mais visual. Estava farto dos ecrãs da Matrix. ?

Em 2015 mudei-me para Lisboa e inscrevi-me no curso de Front-end na EDIT.. Eu já tinha visto qualquer coisa sobre web development e front-end realmente atraiu minha atenção. Fui trabalhar na Fullsix e o interesse transformou-se em paixão.


Quais são, na tua ótica, os maiores desafios da tua profissão?

Web development e front-end são coisas relativamente recentes, então, ainda há muita transformação. Poucos elementos estão consolidados e os paradigmas podem, realmente, mudar da noite para o dia. É preciso estar sempre atualizado, para tirar partido de todo o potencial oferecido. Claro que é possível usar tecnologias de cinco ou dez anos, como o JQuery, e fazer sites incríveis, mas frameworks e versões mais novas sempre oferecem maior performance, estabilidade e flexibilidade ao resultado.


Hoje em dia, qual a importância de se aprender React.js?

O React é a framework mais desejada por empresas, com 78% de participação, contra 21% do Angular e 1% do Vue (fonte). Portanto, é clara a importância: permanecer ativo e desejado no mercado de trabalho, atualizado com o que há de mais recente, em termos de frameworks de Javascript. Além disso, o React é relativamente fácil de aprender, é rápido e, quando bem usado, pode tornar um projeto grande muito mais simples.


Porque devem as empresas apostar em profissionais qualificados na área? Como está o mercado de trabalho em Portugal atualmente?

Já foi provado por inúmeros estudos que mais vale investir mais em profissionais qualificados que menos em desqualificados. O gasto inicial pode ser maior, mas os resultados, ao longo do tempo, mais do que compensam. O mercado português está, lentamente, percebendo isso e os ordenados têm aumentado, ultimamente. É um ótimo sinal, que inspira a excelência, competitividade entre empregados e a consciência de que eles são os seus recursos mais importantes, entre os empregadores.


Podes destacar alguns projetos/websites que consideres de sucesso?

Recentemente, fiz um website para uma empresa portuguesa, chamada Production Portugal, que recebeu um prémio de “Side of the day” da Awwwards (productionportugal.com). Outros projetos que considero interessantes são PBS (pbs.up.pt), Vodafone (Vodafone.pt) e Portobay (portobay.com).


Quem quer aprender um pouco mais sobre Front-end e React, que recursos/plataformas deve seguir?

Há uma panóplia de recursos online, como Codecademy, Udemy, Lynda, Codelabs, Medium, Codepen e Youtube. Eu mesmo aprendi grande parte do que sei, em cada um destes sites, e recomendo a todos que façam visitas regulares, para estarem sempre atualizados.


Como serão as tuas aulas no novo curso intensivo React Development da EDIT. Lisboa?

Planeio usar a abordagem Construcionista, apresentada por Papert, na qual cada aluno constrói a sua própria aprendizagem, ao contrário do método tradicional, o Instrucionismo, em que o tutor apenas expõe o conteúdo a ser aprendido. As aulas, portanto, são mais interativas, com foco nos interesses dos alunos. Esta metodologia resulta num aumento da capacidade de resolver problemas, melhoria das habilidades de pesquisa, aumento na colaboração e aumento na capacidade de gerir recursos.


Na tua opinião, quem deseja ir para área de desenvolvimento, que skills deve ter? E, para destacar-se no mercado, que passos aconselhas tomar?

É imprescindível a vontade de aprender coisas novas. Por ser uma área muito dinâmica, o profissional está, quase sempre, fora da sua zona de conforto e a habilidade de “saber aprender” é extremamente valiosa. Sentido de organização também é muito importante e mostra-se, ainda mais, em projetos de médio e longo prazo.

Na minha época de liceu, o meu pai dizia que o importante era aprender, e os resultados dos exames seriam apenas uma consequência disso. Se eu fosse aplicado e aprendesse o que deveria, não precisaria de me preocupar com os exames. Isto mantém-se verdade ainda hoje, em relação ao mercado de trabalho. Sê um bom profissional, faz e divulga projetos interessantes, tem um site incrível em que mostras o teu trabalho, que o mercado vai, sem sombra de dúvida, notar.



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