Carlos Martins
Aluno

Entrevista

Carlos Martins é Digital Account and Project Manager at NOSSA™. Foi aluno do curso intensivo de Design Thinking for Business Innovation na EDIT. Lisboa.

Curiosamente dei por mim a aplicar algumas das ferramentas que ia aprendendo durante o curso no meu dia-a-dia.


O teu percurso académico situa-se na área da Comunicação, Brand Management e Marketing Digital. Como surgiu o interesse no curso intensivo de Design Thinking for Business Innovation?

O trabalho na área de comunicação é extremamente desafiante e obriga-nos a estar constantemente à procura de soluções para os vários problemas a que diariamente temos de dar resposta. Na verdade dizem que a curiosidade é uma das maiores virtudes para quem quer vingar nesta área.

Este curso junta duas coisas que me interessam bastante: a primeira relacionada com a maneira como pensamos e como o podemos fazer melhor, com novas ferramentas e processos. A segunda mais ligada à inovação e à geração de valor. Posto isto, acho que o interesse surgiu de uma forma bastante natural.


A frequência neste curso, permitiu-te olhar para os projetos de outra forma? Tens aplicado os conhecimentos adquiridos no teu dia a dia de trabalho?

Sem qualquer dúvida. Qualquer coisa que façamos ou que aprendamos, quer seja numa viagem, quer seja num curso como este, tem impacto na forma como lidamos e vemos os projetos.

Curiosamente dei por mim a aplicar algumas das ferramentas que ia aprendendo durante o curso no meu dia-a-dia. Na verdade, mesmo durante as aulas tentava sempre fazer o paralelismo e pensar na sua aplicabilidade para a minha realidade – método de trabalho de agência, marcas que trabalho, etc.

Acho que esta tem de ser a lógica para se tirar o máximo proveito dos 3 meses de curso.


Na tua opinião, qual foi o papel e respetivo contributo dos tutores do curso?

Diria que eles são os enablers da coisa. O curso tem uma dinâmica muito interessante – uma parte mais teórica, de conceitos, acompanhada por uma componente prática. Acho mesmo que este deve ser o método de ensino.

Os tutores aqui acabam por ser os treinadores que dão a tática no inicio mas que durante o jogo nos vão orientando sobre a posição a ter no campo, as jogadas a fazer, etc. Acho que esta pode ser uma boa analogia.


O Design Thinking é um conceito ainda não muito conhecido e trabalhado em Portugal. Consideras que este pensamento e metodologias / ferramentas associadas, deve ser implementado pelas marcas e empresas, e uma aposta a fazer pelos profissionais?

Não acho que o conceito de Design Thinking seja desconhecido em Portugal. Talvez a abordagem não seja muito utilizada, mas conhecida acho que já é. Em publicidade e em digital, por exemplo, são várias as ferramentas, também de Design Thinking, que se utilizam – storyboard, wireframing, costumer journey, etc.

Mas concordo que a complexidade actual, quer do consumidor, quer das empresas e dos negócios, é cada vez mais importante trazer para o mercado este tema. O aparecimento de conceitos como os de customer centric são a prova de que o tema é pertinente, e que encarar as pessoas como o centro do desenvolvimento de um projeto é cada vez mais o mindset dos profissionais. Agora resta esperar que o mercado permita ter o tempo e os recursos necessários para se abordar os projetos com todas os métodos e processos do Design Thinking.


Voltando ao teu percurso, fala-nos um pouco sobre a tua veia empreendedora no campo do digital. Partilha connosco alguns dos teus projetos.

Não lhe chamava bem veia empreendedora, mas sim vontade de fazer coisas. Quem me conhece sabe que este Carlos já vem dos tempos do liceu. Já na altura me entregava aos projetos e queria sempre fazer mais e melhor. Felizmente tenho tido a oportunidade de trabalhar com grandes marcas e profissionais que me fazem gostar do que faço e me permitem fazer coisas incríveis.

Se tiver que destacar alguma coisa então terá de ser algo que nem era propriamente digital. Um festival que criei na Figueira da Foz – o FUSING – e que me deu um gozo e uma luta enorme fazer.


Tens alguma meta profissional definida para cumprir a longo prazo?

Tenho uma meta a curto/ médio prazo. Não é profissional mas acho que me vai fazer muito bem, que é viajar. Trabalho desde cedo e todos os anos acumulo ou com cursos ou com side work. Acho que está na altura de tirar uns meses só para crescer, mas de uma outra forma.

Profissionalmente tenho uma grande ambição de trabalhar no estrangeiro. E sinto que um dia vou querer passar para o lado do cliente.

Tenho uns quantos objetivos e ideias na cabeça mas tudo um work in progress.


Utilizas algum tipo de recursos ou plataformas para te manteres atualizado sobre as tendências do digital?

A Internet. J

Hoje em dia só não sabe, e só não acompanha, quem não quer. Está tudo disponível online e muitas vezes gratuitamente.


Que conselhos podes dar a quem pretende ingressar no mercado digital, de forma a diferenciar-se?

Acho que o primeiro conselho está quase relacionado com a pergunta anterior. Ser curioso e estar informado. Acho mesmo que esta deve ser a premissa de qualquer profissional, quer esteja a entrar no mercado, quer já lá esteja à 20 anos.

Hoje em dia as coisas mudam muito rapidamente para não querermos acompanhar essa evolução.

E este curioso que eu falo ainda deve ser mais profundo. Não é só o querer saber, é o querer fazer parte – e digo fazer de por as mãos na massa.

Depois o digital tem uma particularidade muito interessante. É muito amplo. Tanto se pode ser programador, como trabalhar social ou ser gestor de projeto, etc etc etc. O importante é definir-se a área e depois aprofundar ao máximo.



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