Tatiana Albino
Tutora

Entrevista

Tatiana Albino é Copywriter na Wiz Interactive e tutora dos cursos intensivos de Social Media Marketing Strategy e Digital Marketing Foundations na EDIT. Lisboa.

Quando se cria conteúdo em copywriting temos de considerar o meio - logo há uma adaptação. O processo de criação depende de muitas variáveis, mas não tem de ser limitado por nenhuma delas.


A Comunicação foi a área que selecionaste para o teu percurso académico. Como surgiu o gosto pelo copywriting? Conta-nos um pouco sobre a tua formação e experiência profissional.

Desde pequena que os meus pais me dizem que eu só sossegava a ver anúncios na TV e já na 4ª classe dizia às pessoas que queria ser escritora. Por isso, quando chegou a altura de escolher universidades, a minha mãe foi a estratega e fez-me perceber que havia uma possibilidade de combinar as duas paixões: publicidade e escrita. Tirei Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa e fiz o Mestrado em Comunicação Estratégica, já quando estava a trabalhar, na mesma faculdade.


Na tua perspetiva, as empresas/marcas em Portugal, têm aproveitado todo o potencial do copywriting? E em específico, no campo do Social Media?

Algumas marcas aproveitam e às vezes até forçam o uso do copywriting – em particular na sua vertente humorística – nas redes sociais. Há outras que têm muito potencial, mas que têm medo de uma crise, medo de ter de pedir desculpa, medo de ter comentários negativos. Todas as marcas querem estar nas Redes Sociais, mas ainda se sente muito medo. Felizmente, há também os casos que aproveitam da melhor forma.


Quais são, na tua opinião, as maiores diferenças entre o copywriting “tradicional”, e aquele que é exclusivamente pensado para o Digital? O processo criativo é o mesmo?

O processo na sua raiz é o mesmo. Quando se cria conteúdo em copywriting temos de considerar o meio – logo há uma adaptação. O processo de criação depende de muitas variáveis, mas não tem de ser limitado por nenhuma delas.


Podes destacar alguns exemplos que na tua opinião estejam a tirar partido das potencialidades do copy na sua comunicação?

Nas Redes Sociais há certas marcas – às vezes não as mais óbvias – que estão a dar cartas. Por exemplo o Centro Comunitário da Gafanha do Carmo. Depois há as marcas como a Super Bock que já construíram uma posição que lhes permite combater o medo de que falei há pouco. No mundo real, há alguns exemplos bons, como a McDonalds, entre outras. Posso dar-vos mais exemplos na realidade nórdica: o caso da campanha da SAS “We are travelers“.


Utilizas algum tipo de recursos para te manteres atualizada em relação ao mundo do digital?

Esta é uma pergunta que me é feita algumas vezes. Se consulto blogs e websites para me manter atualizada. Na verdade, como sou interessada, acabei por criar ligações – na sua maioria através das Redes Sociais – que facilitam o processo. As novidades vêm ter comigo, em vez de ser eu a procurá-las ativamente. Também ajuda seguir e estar ligada a muitos dos meus pares a trabalhar em publicidade, tanto em Portugal como lá fora.


Existe algum projeto especial em que tenhas participado/participes e gostasses de partilhar connosco?

Há um projeto que vai ficar para sempre no meu coração. Foi um projeto de auto-promoção para a agência onde trabalho agora. O que foi especial para mim foi a possibilidade de fazer parte desde a primeira ideia, à produção do filme, passando pela escrita do guião e por toda a caracterização das pessoas e criação dos acessórios. Podem ver o resultado final aqui. De resto, no que diz respeito às Redes Sociais, esta também foi uma aventura muito gira.


És tutora dos cursos intensivos na EDIT. Lisboa, Social Media Marketing Strategy e Digital Marketing Foundations. Qual será o teu método de ensino? Também esperas aprender com os alunos?

Sem dúvida! Há poucas coisas que faço sem ter a esperança de aprender alguma coisa. O método é tentar pôr-me no lugar deles e perceber o que é que eu gostaria de aprender no que diz respeito ao copywriting. Fazer alguns exercícios, tentar quebrar barreiras e despertar a criatividade. Tentar transmitir um pouco da minha paixão pelas palavras e pela forma como elas podem servir para fazer sentir.


Por fim, e na tua opinião, que características deve ter um bom profissional de copywriting para que possa vingar nesta área?

Ser capaz de aprender, sempre. Dominar as palavras e as frases, ou seja conseguir dobrá-las à sua vontade. Ser humilde e perceber que não há perfeição, mas é sempre possível fazer melhor. E ainda que seja um enorme cliché: ler muito, sobre tudo um pouco.



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