Nádia Paulo
Tutora

Entrevista

Nádia Paulo, Online Marketing Specialist na Altitude Software e tutora do workshop Digital Content Marketing Startegy da EDIT. Lisboa, considera que o maior erro que se comete atualmente no content marketing é "não ter em conta as especificidades de cada plataforma utilizada e muitas fazer apenas 'copy-paste' dos conteúdos entre plataformas."

"O futuro do marketing de conteúdos vai passar, na minha opinião, por uma escrita do género storytelling, cada vez mais próxima do consumidores e com a qual estes se possam facilmente identificar."


Descreve brevemente o teu percurso de formação.

Sou licenciada em Ciências da Comunicação, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) e mestre em Comunicação Social também pelo ISCSP.


Tendo em conta a tua formação base em Comunicação Social/Jornalismo, o que te motivou a integrar profissionalmente a área do digital?

Sempre tive um grande interesse pela área do digital, pela web e pelas novas tecnologias. Após uma breve passagem pelo jornalismo, com um estágio no Rádio Clube Português, comecei a trabalhar na área da Comunicação Institucional, nos SMAS de Oeiras e Amadora, desempenhando desde o início funções que envolviam o digital. A partir daí, todas as minhas experiências profissionais estiveram ligadas à gestão de redes sociais e aos conteúdos online.


Em que consiste a tua função atual e como esta se desenrola ao longo de um dia de trabalho?

Para mim, o maior desafio é conseguirmos estar constantemente a criar conteúdo inovador e que acrescente valor a quem o vai receber. Hoje em dia, cada um de nós é impactado por um tal número de novos conteúdos, que só vamos lembrar mais tarde daqueles que nos toquem num “ponto fraco”. O maior desafio é esse mesmo: criarmos conteúdo que vá ao encontro do “ponto fraco” de cada um dos destinatários.


Que tipo de conteúdos consideras que serão tendência para as empresas e marcas em 2016?

Penso que, em 2016, o digital content marketing em si vai continuar a ser uma tendência. Dentro do digital content marketing, considero que o vídeo vai continuar a ter um papel de destaque, com cada vez mais marcas e empresas a apostarem neste tipo de conteúdo.


Diz-nos algo que, no mundo da comunicação digital, te tenha impressionado recentemente.

O que me tem impressionado mais no mundo da comunicação digital advém, infelizmente, de episódios menos positivos que têm acontecido um pouco por todo o mundo. Nos últimos meses, os ataques terroristas têm acontecido, têm originado verdadeiros movimentos online que passam também para a nossa vida do dia a dia. A rapidez com que o mundo digital, e os social media em específico, conseguem reagir aos acontecimentos é algo que me impressiona. Por exemplo, no dia dos ataques a Bruxelas, e por conhecer várias pessoas a viver nessa cidade, mais ou menos 1h após as primeiras explosões já tinha sido ativado o Security check to Facebook. Acho que esta rapidez é algo notável e demonstra a importância que os social media estão a ganhar na nossa vida. Agora, quando recebemos uma notícia deste género e queremos saber se os que conhecemos estão bem, já nos viramos para os social media em primeiro lugar, possivelmente, em vez de nos virarmos para o telemóvel.


Indica-nos uma ou duas marcas que, na tua opinião se destacam ao nível da criação, gestão e manutenção de conteúdos digitais.

Olhando para os conteúdos digitais como um todo e não apenas para os social media, tenho de referir, a nível internacional, a Coca Cola. A nível nacional, acho que a forma como o Continente se tem adaptado às novas exigências dos consumidores tem sido notável, com a criação de várias apps, conteúdos para web, etc.


Para ti, qual o mais importante indicador de performance na comunicação digital?

O engagement!


Qual é o erro mais recorrente que achas que se comete, atualmente, na área do content marketing?

Não ter em conta as especificidades de cada plataforma utilizada e muitas fazer apenas “copy-paste” dos conteúdos entre plataformas.


Como te manténs atualizada nas tendências atuais do mercado digital? Podes partilhar alguns desses recursos?

Utilizo com bastante frequência a Social Media Examiner, o Moz Blog , o CopBlogger, entre outros.


Qual achas que será o futuro do marketing de conteúdos?

O futuro do marketing de conteúdos vai passar, na minha opinião, por uma escrita do género storytelling, cada vez mais próxima do consumidores e com a qual estes se possam facilmente identificar.


Por fim, gostarias de deixar algum conselho a quem quer integrar o mercado digital na área do content marketing?

Mantenham-se atentos ao que está à vossa volta. Muitas vezes é aí que vão encontrar resposta para quando há menos inspiração. Estar atento ao mercado e às tendências é também um ponto importante.



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