Fala-nos um pouco do teu percurso académico e profissional. Como surgiu o interesse pela área do Design de Produto, e especificamente pelo User Experience?
A minha formação original foi em Design Industrial no Central Saint Martins College em Londres, onde aprendi a metodologia que aplico em todos os meus projetos e foi também no CSM que aprendi a definição de User-Centred Design, aqui na perspetiva de produtos físicos. Após a graduação trabalhei como freelancer em várias agências 360º, principalmente em projetos de Experiential Marketing, que normalmente envolviam uma parte física e uma parte digital. Foi aqui que tive um contacto mais próximo com designers no meio digital: UI, UX, Visual…
A decisão de embarcar no mestrado em Human-Centred Systems, foi, por um lado, devido a uma curiosidade por trabalhar no meio digital (longe dos materiais, adesivos e parafusos a que estava habituado) e também para aproveitar a oportunidade de mercado na altura, em que a procura por UX/UI designers superava em muito a oferta.
Desde o mestrado tive oportunidade para trabalhar em agência e in-house, para clientes como Samsung, Microsoft, New Era, Farfetch… acabando por me focar na área financeira (IG Group, Morgan Stanley, IHS Markit), aliando outro dos meus interesses pessoais ao User-Experience Design. O trabalho in-house têm-me permitido trabalhar em projetos com um feedback-loop definido, em que posso aplicar as várias valências de UX Designer, desde Research, Design, Evaluation, algo que não tive oportunidade do lado de agência, em que os projetos têm uma vida útil mais curta.